Declaração de Intenções

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Pode dizer-se, com alguma ligeireza, que já quase tudo se escreveu sobre Fernando Pessoa. Mas é justamente isso: uma frase ligeira. Entre o espólio pessoano da Biblioteca Nacional de Portugal, a marginália da Biblioteca Particular do escritor (à guarda da Casa Fernando Pessoa), os inéditos dos herdeiros e o material desaparecido cuja “aparição” ainda pode dar-se, ao melhor estilo do coelho que sai da cartola, os ângulos de abordagem à vida e obra deste genial Português do mundo parecem inesgotáveis.  Do que está por escrever, escreverão ainda muitos, outros que não eu, com anos de investigação, obra publicada e uma dimensão cultural a léguas da minha. Mas sim, tenho uma visão pessoal de Pessoa.

Sempre a tive, desde as cadeiras de Português do liceu, que me deram a paixão rara pela Poesia. Depois disso, a minha “entrada a fundo” no universo de Pessoa fez-se em 1997, pela mão da edição portuguesa (Quetzal) de «Estranho Estrangeiro», do ensaísta francês Robert Bréchon. É uma obra densa, com mais de 600 páginas, apenas recomendável, arrisco, aos apaixonados da obra pessoana – ou aos que queiram sê-lo. Quem tiver esse espírito, beneficiará, neste livro, de uma incrível miríade de informação – isso mesmo – apaixonante.

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Agora, ‘por força do trabalho’ diário, tenho ainda mais presente e forte esta vontade de divulgar o Homem, a Obra e as múltiplas formas em que se projectou e projecta. O ângulo de abordagem e os conteúdos deste blogue serão tão originais e diferentes quanto possível, do que já existe. O que já existe, naturalmente, não deixará de ser aqui promovido. Os 125 anos de Pessoa, que em 2013 se assinalam, são a ocasião perfeita para mostrar-vos “O Meu Pessoa”.

Este blogue existe e faz sentido em perfeita conjugação com a página homónima no Facebook, já iniciada em Janeiro de 2013 e consultável aqui.

Umas vezes magazine ligeiro, outras com pesquisa quase académica, este projecto é vosso – e dos vossos.

Afinal de contas, plural que foi, como o Universo, Fernando Pessoa é de todos nós.